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ALIMENTO PARA O CÉREBRO

Bill Jenkins, Ph.D.
Praticamente toda criança acima de sete anos pode entender a frase “Você é o que você come”, mas raramente pensamos essa frase em relação ao cérebro. Ao falarmos sobre o que comemos, devemos também falar sobre o cérebro, pois o que ingerimos afeta tudo: desde as funções cognitivas até as emoções.
No Centro de Nutrição Avançada da Utah State University, pesquisadores procuram saber como a dieta afeta a função cerebral. Suas pesquisas demonstraram dados interessantes e pontos para debate:
Desejo de comer: mais comum entre mulheres, parece diminuir com a idade. Esse impulso frequentemente corresponde a humores negativos, tais como depressão, ansiedade e alterações de humor. A vontade de comer doce pode ser intensa e irresistível. Quanto ao desejo por carboidratos, se pode ser considerado uma “dependência”, o Centro de Nutrição Avançada informa que não encontra esta definição no Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais.
Alimento e Humor: há muito tempo acredita-se que o consumo de carboidratos pode afetar o humor e o apetite. Outras variáveis, tais como o estado psicológico/emocional e o estado dos alimentos também podem desempenhar importantes papeis na equação humor/apetite. A depressão, por exemplo, está relacionada ao baixo consumo de certas vitaminas e minerais essenciais, e o aumento de consumo de ômega 3, ácidos graxos e fólicos mostraram-se capazes de reduzir os sintomas dessa doença.
O debate entre o bem e o mal da cafeína: alguns estudos mostram que o consumo de cafeína não aumenta a performance acima dos níveis normais; além disso, ao dissipar, sentimo-nos menos alertas e despertos, o que estimula o consumo de mais cafeína para voltar aos níveis normais. Porém, outros estudos mostraram que o consumo de café está associado a um menor declínio cognitivo relativo à idade e a um menor risco de Mal de Parkinson em idosos (a meu ver, os cientistas estão sem cafeína).
Dietas estimulantes do cérebro: os cientistas também estão fora dessa. Muitos suplementos e dietas são criados para melhorar o humor, intensificar a energia e fortalecer a memória. O problema é que todas essas conjecturas devem ainda passar por pesquisas e testes mais sólidos. De uma perspectiva puramente científica, a prova final está no ensaio clínico duplo-cego e placebo.
Quer saber mais? Escreva para cucaresponde@acasacuca.com