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BRINCAR É COISA SÉRIA


Quando uma criança fala que vai brincar o que passa na cabeça das pessoas é que ela vai descansar e descontrair. Porém, esse simples ato é muito mais que um passatempo, pois ao brincar a criança está desenvolvendo vários aspectos afetivos, motores e cognitivos.


Quando uma criança fala que vai brincar o que passa na cabeça das pessoas é que ela vai descansar e descontrair. Porém, esse simples ato é muito mais que um passatempo, pois ao brincar a criança está desenvolvendo vários aspectos afetivos, motores e cognitivos.


O lúdico é tão importante que desde 1959 é um direito garantido da Declaração Universal dos Direitos da Criança (declarado por unanimidade na Assembléia Geral das Nações Unidas). Portanto, o brincar devia ser mais estimulado do que realmente é.  Observamos hoje que os conteúdos pedagógicos são introduzidos para criança cada vez mais cedo e assim, a prática do brincar fica de lado.  As escolas deveriam mudar o olhar que possuem sobre o brincar. Seria perfeito se os conteúdos em sala de aula fossem baseados na prática do lúdico, pois assim facilitaria o aprendizado do aluno, já que ao usar brincadeiras (jogos, dinâmicas, artes etc) o professor estaria falando no mesmo nível de linguagem e comunicação da criança (de Macedo, L., Petty, A. L. S., & Passos, N. C. (2005)


Ainda sobre a importância do lúdico, Jean Piaget (1976)  foi um dos teóricos que mostrou através de seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças que o lúdico é obrigatório nas atividades intelectuais,  já que contribui e enriquece o desenvolvimento cognitivo. Piaget  ao criar  jogos  relacionados ao desenvolvimento intelectual na infância, comprovou que  o brincar é uma ferramenta de ensino e é um facilitador da aprendizagem.


Assim, entende-se que o brincar é muito mais do que a expressão da fantasia e descontração. Enquanto um adulto vê apenas cubos sendo encaixados na caixa de madeira, para a criança aquilo significa experimentar novas possibilidades, conhecer novas formas, cores e texturas.  Ao brincar, ela está desenvolvendo o pensamento, a coordenação motora, a atenção e a lógica. O brincar é um processo de descobrimento e amadurecimento que prepara a criança para a vida adulta  e por isso, é imprescindível na infância. (winnicott, 1975)


Como o lúdico está diretamente relacionado ao desenvolvimento infantil, segue abaixo as brincadeiras  ideiais para cada faixa etária (de acordo com Piaget):

0-2 anos : nessa fase os sentidos e o desenvolvimento motor estão em alta, por isso aconselhá-se brinquedos que possam ser levados a boca, coloridos e que propõe encaixe de formas geométricas. 3-4 anos: nessa fase a imaginação está em alta. Aposte no faz de conta, nas fantasias, nos contos de fadas, nas brincadeiras de casinha e carrinho. 5-6 anos: Os jogos motores (de movimento) e os de representação (faz de conta) continuam e se aprimoram. Surgem os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda. 7 anos em diante: A criança está apta a participar e se divertir com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores.


Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. O importante é o brincar e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos com uma caixa, papéis e até materiais recicláveis, isso além de economizar vai estimular a imaginação de pais e filhos

O brincar também traz benefícios a toda família. A presença dos pais na hora lúdica traz aproximação e estreitamento nas relações parentais, o que futuramente influenciará no diálogo, cumplicidade e confiança entre pais-filhos-irmãos (Winnicott, 1975). Portanto, é aconselhável estipular horários diários ou semanais para fazer alguma atividade lúdica com toda a família.


Desta maneira fica esclarecido que o brincar vai muito além de um passatempo. Brincar é expressão, amadurecimento e aprendizagem. Ou seja, “Brincar é coisa séria”.


Ana Paula Miessi Sanches (Psicóloga)


Referências Bibliográficas.

?  Piaget, J e Inhelder, B. (1976). Da Lógica da Criança a Lógica do Adolescente. São Paulo. Ed. Pioneira.

? de Macedo, L., Petty, A. L. S., & Passos, N. C. (2005). Os jogos eo lúdico na aprendizagem escolar. Grupo A.

? Winnicott, D. W. (1975). O brincar ea realidade. Rio de Janeiro: Imago.

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