Martha Burns, Ph.D.
Já conheceu alguém ao qual outros se referem como “cérebro”? É um termo mais comumente usado em um ambiente escolar para um aluno top. Muitas vezes o “cérebro” parecia não ter dificuldades na escola; ele (ou ela) era visto(a) como naturalmente inteligente, versado em muitos assuntos, querido por professores e admirado pelos colegas. Já imaginou como esta pessoa chegou lá? É provável que você tenha pensado, assim como a maioria dos especialistas em psicologia, a área que estuda a inteligência, que esta pessoa simplesmente “nasceu” assim. Até muito recentemente, a inteligência era vista como uma capacidade inata, um dom genético dos pais, que impulsionaram, mais ou menos, a criança em seu caminho de sucesso na escola e, posteriormente, na vida. Acontece que a inteligência não é tão fixa e inata quanto se pensava, nem é determinada pela herança genética da pessoa. Há muitas variáveis que afetam a inteligência, quando medida por testes, medida na escola e medida na vida. Pesquisas atuais em neurociência sugerem que a maioria dos bebês nascem com o potencial de obter sucesso em muitas áreas cognitivas. Há algumas predisposições genéticas, mas o cérebro da criança é extraordinariamente maleável e educável. Pode-se dizer que a tarefa do cérebro da criança é fazer uma ideia do que está acontecendo a sua volta, e quais habilidades e capacidades sensoriais serão importantes dominar. Uma vez estabelecido o básico, o cérebro da criança buscará um caminho para se tornar um expert nessas áreas. Ao estimular suas crianças, os pais determinam o estágio no qual o cérebro infantil começa uma trajetória de desenvolvimento que influenciará em que a criança se tornará “inteligente” (matemática, música, medicina, atletismo, arte, leitura, escrita, cozinha, a lista é quase infinita) e que guiará as preferências da criança por toda a vida.
Quer saber mais? Escreva para cucaresponde@acasacuca.com