A dislexia é classificada no DSM-V como um transtorno específico de aprendizagem e se caracteriza, principalmente, pela dificuldade na correção ou fluência na leitura de palavras e baixa competência leitora e ortográfica. Vários pesquisadores concordam que essas dificuldades resultam tipicamente de um déficit no componente fonológico da linguagem, imprevisto em relação a outras capacidades cognitivas.
Mas o que isso quer dizer?
A consciência fonológica é a habilidade de identificar e manipular, de diferentes formas, os segmentos sonoros constituintes da fala, sejam esses segmentos palavras ou partes de palavras, como sílabas e fonemas. Essa habilidade é preditora da habilidade de leitura posterior para crianças que ainda não foram alfabetizadas. Crianças diagnosticadas como disléxicas, frequentemente apresentam desempenho falho relativo à esse desempenho. Por exemplo, para essas crianças pode ser extremamente difícil diferenciar palavras sonoramente parecidas como “bato” e “pato” e a consequência disso para a aprendizagem de leitura é evidente. Mesmo que não se saiba ao certo quais as causas dessas dificuldades fonológicas, a importância de se avaliar e identificar esse déficit é de extrema importância para o tratamento. Estratégias educacionais deveriam contemplar o desenvolvimento de discriminação auditiva por partes dessas crianças, a diferenciação dos sons de sílabas e fonemas, a inclusão de jogos para identificar rimas em palavras (caminhão e coração) e o início das mesmas (“fita” começa como “figo”), entre outros. A inserção de atividades lúdicas e interessantes nesse contexto é bastante importante para manter a motivação da criança nesse aprendizado. O programa Fast ForWord da Scientific Learning, representado com exclusividade pela Casa Cuca, é uma ótima ferramenta para auxiliar no desenvolvimento do processamento e sequenciamento de estímulos auditivos, e tem gerado excelente resultados em crianças com dificuldades em consciência fonológica.
Referências: Adams, M. J. (1990). Beginning to read: thinking and learning about print. Cambridge, MA: Mit Press Avila, C. R. B. (2004). Consciência Fonológica. In L. P. Ferreira, D. M. Befi-Lopes, S. & C. O. Limongi (orgs.). Tratado de fonoaudiologia. São Paulo: Roca Capovilla, A. G. S. & Capovilla, F. C. (2002). Intervenção em dificuldades de leitura e escrita com tratamento de consciência fonológica. In M. T. M. dos Santos & A. L. G. P. Navas (orgs.), Distúrbios de leitura e escrita: teoria e prática (pp. 225-258). Barueri, SP: Manole. American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Washington, DC: Author. Saunders, K. J. (2011). Designing Instructional Programming for Early Reading Skills. In (Wayne W. Fisher, Cathleen C. Piazza, Henry S. Roane (orgs.), Handbook of Applied Behavior Analysis (pp. 92-109). New York: Guilford Press Seabra, A. G. e Capovilla F. C. (2010). Alfabetização: método fônico (5ª Ed.) São Paulo: Memnon Tabaquim, M. de L. M. (2011). Perfil neuropsicológico da criança com dislexia. In F. C. Capovilla (Org.), Transtornos de aprendizagem: progressos em avaliação e intervenção preventiva e remediativa (pp. 198-203). São Paulo: Memnon http://www.andislexia.org.br/
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