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FIQUE ESPERTO! TRÊS FATOS SOBRE O APRENDIZADO DO CÉREBRO


Carrie Gajowski

1. Verdadeiro/Falso: Sonhos são inúteis.

Falso! Pesquisadores descobriram que, ao aprenderem uma nova tarefa, pessoas que têm sonhos relacionados à tarefa podem de fato aumentar sua performance. Em um estudo da Harvard Medical School, alunos foram colocados em um complicado labirinto, partindo sempre de diferentes pontos. Durante uma pausa, um grupo de alunos tinha de tirar uma soneca, enquanto outro grupo permanecia alerta.

Alunos do grupo da soneca que sonharam com o labirinto se saíam melhor na vez seguinte, enquanto os que sonharam com outras coisas ou permaneceram alertas não melhoraram. O sonho pode ocorrer tanto no sono REM quanto fora dele. Chama-se “rapid eye movement” porque os olhos se movem rapidamente sob as pálpebras durante essa fase do sono. REM é a fase do sono em que normalmente ocorre o sonho, e tais sonhos tendem a ser estranhos e ilógicos. Mas, os sonhos também podem ocorrer durante o sono não REM (ou NREM). Esses sonhos são frequentemente mais elaborados e lógicos, e parecem mais importantes para o aprendizado.

2. Verdadeiro/Falso: Seu cérebro funciona melhor com champignons e bife de cérebro bovino.

Verdadeiro. Apesar de tais alimentos serem exemplos radicais do que mantém o cérebro em ótimo funcionamento, uma boa escolha alimentar faz mais do que ajudar seu corpo a se desenvolver, se curar e combater doenças. Uma seleção alimentar também produz efeito sobre o bom funcionamento do cérebro.

Os neurônios, as células do cérebro, possuem uma camada gordurosa chamada mielina, que ajuda na rapidez dos impulsos entre as células. O cérebro precisa da combinação certa de proteína e gordura dos alimentos, de modo a criar mielina e construir novas conexões entre os neurônios. A capacidade do cérebro em criar novas conexões está intimamente ligada a sua habilidade em sair-se bem na sala de aula e aprender novas coisas.

O cérebro também confia em neurotransmissores para retransmitir impulsos entre os neurônios. Neurotransmissores são os mensageiros químicos do cérebro, e diferentes neurotransmissores são formados a partir de diferentes aminoácidos essenciais. Um desses precursores é o triptofano, substância encontrada em uma variedade de alimentos saudáveis: camarão, champignons, atum, espinafre, ovos, soja, brócolis e leite de vaca. O triptofano auxilia a produção de serotonina, um neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar, ao aprendizado, à memória e à motivação. Bem, descobrimos que o bife de cérebro bovino é uma rica fonte de proteína. Mas, se você for como nós somos, vai ficar mesmo no frango, peru e peixe!

3. Verdadeiro/Falso: Seu cérebro é competitivo. Consigo mesmo.

Verdadeiro. O cérebro humano tem um potencial incrível. Pessoas que treinaram muito bem o cérebro para realizar admiráveis processos de memória e computação; monges que aprenderam a alterar a temperatura de seu corpo ao controlar suas ondas cerebrais através da meditação; e pessoas com danos cerebrais que recuperaram as habilidades as quais acreditávamos irreversíveis são provas vivas.

Você deve conhecer a expressão “Use-o ou perca-o” (Use it or lose it), significando que perdemos habilidades se não as praticarmos no nosso cotidiano. Isso porque o cérebro de fato se reestrutura, baseado em como o usamos mais frequentemente, e essas mudanças estruturais afetam nossa performance. Melhoramos as habilidades as quais praticamos e perdemos as habilidades que negligenciamos. Quanto ao aprendizado do aluno, “use-o ou perca-o” é muito real – especialmente durante os meses de férias de verão. Digamos, por exemplo, um aluno que lê durante 30 minutos, todos os dias do ano letivo. Chegam as férias e, sem a estrutura escolar, este aluno lê apenas 30 minutos por semana. Seu cérebro entenderá que ele não precisa mais de todas aquelas conexões neurais para ler, e isso mudará o modo como seus neurônios estão conectados, dedicando-os a outras atividades nas quais está mais engajado – digamos praticar esportes ou assistir tevê. Isso se chama plasticidade competitiva.

É ótimo passar as férias com amigos, divertindo-se no verão, mas não é bom quando muda a estação e é hora de voltar à escola. Muitos jovens perdem terreno na leitura durante as férias de verão, e muitos mais perdem habilidades matemáticas. Com o tempo, essas perdas se acumulam. Na verdade, o êxito do aluno no colégio está intimamente ligado aos tipos de atividades de aprendizado às quais os alunos se comprometeram durante as férias de verão. Alunos com alta performance na graduação do colégio passaram seus dias de férias mantendo ou incrementando seu saber acadêmico. Não é muito cedo, não!

Já compartilhou com seus alunos os dados sobre o “deslize de verão”, a fim de que eles entendam por que você quer que eles leiam ou pratiquem seus conhecimentos matemáticos? Se não, comece a alertá-los hoje para o estudo nas férias. Assim, quando elas chegarem, talvez seus alunos passem um tempo fazendo aquelas coisas que desafiam seus cérebros a crescer e aprender.

Quer saber mais? Escreva para contato@acasacuca.com

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