Fuchs, Geary, Compton, Fuchs, Schatschneider, Hamlett, & Changas. (2013), realizaram um estudo com o objetivo de investigar os efeitos de duas formas distintas de ensino de matemática para alunos de primeira série. Para tanto, propuseram sessões de treino, extra período escolar para crianças de primeira série.
O estudo contou com a participação de 591 alunos, sendo divididos em dois grupos experimentais (n=195 para o primeiro grupo e n= 190 para o segundo) e um grupo controle (n= 206).
O foco principal em ambos grupos experimentais foi o conhecimento numérico (por exemplo, cardinalidade) e as relações (por exemplo, a relação inversa entre adição e subtração) que facilitam o uso de procedimentos de contagem sofisticados. As condições de treino diferiam apenas nos 5 minutos finais de treino, sendo que uma das práticas incluíam treino de fluência.
As lições foram divididas em cinco unidades, sendo que a primeira unidade (I) trabalhava: Conhecimento numérico básico e símbolos numerais até 9; contagem em voz alta; leitura e escrita de números; conhecimento de sucessores e antecessores; utilização de mãos para apresentação numérica; contagem crescente e decrescente; identificação de maior e menos a partir de lista apresentada; comparação numérica com linguagem e com sinais; entendimento conceitual de adição; reconhecimento de símbolos de adição e igual (+,=); utilizar a terminologia correta para adição; princípio do número que vem depois; identificar as propriedades do zero; adicionar e subtrair 0,1 e 2 a partir de lista numérica; entendimento conceitual de subtração; entendimento do sinal de menos; utilização de manipulativos, gravuras e ações para resolução de problemas de adição e subtração. Na segunda unidade foram trabalhados fatores duplos (2+2; 3+3; 4+4; 5+5) com manipulativos e com numerais. Na terceira unidade foram trabalhados grupos aritméticos de 5 a 12; ter domínio nos grupos para avançar para o seguinte; famílias num éticas. Na unidade 4 foram trabalhos conceitos de dezena e lugar num éticos. Contagem de 10 em 10; local de unidades e dezenas na linha numérica utilizando manipulativos para representar números de 1 ou 2 dígitos; reagrupamento de 10 cubos; identificar numerais maiores e menores utilizando o lugar numérico; escrita e identificação de dezenas e unidades opara representar manipulativos. A quinta unidade trabalhava revisão dos assuntos até então trabalhados. As sessões de treino aconteceram 3 vezes por semana, durante 16 semanas, totalizando 48 sessões. Cada sessão tinha duração de 30 minutos, e, nos dois grupos experimentais a ênfase principal (25 minutos) era dada ao ensino do conhecimento numérico. Os outros cinco minutos de treino eram diferentes em cada um dos grupos experimentais. No primeiro grupo, o tempo final era utilizado para retomar o treino da sessão em atividades lúdicas, de tal maneira que os alunos jogavam jogos temáticos com materiais que poderiam ser manipulados. No outro grupo, era solicitado a criança que executasse nos 5 minutos finais uma atividade que solicitava fluência. Na atividade chamada de “alcance ou bata seu próprio recorde” era solicitado as crianças que dessem repostas a problemas simples, trabalhados em aula, de maneira rápida. Para que as crianças dessem repostas rápidas, era solicitado que utilizassem estratégias eficientes de contagem para produzirem numero correto de respostas corretas. Alunos identificados, com dificuldade em matemática foram distribuídos entre os dois grupos de teste e o grupo controle. Os resultados apontaram para algumas descobertas importantes: as condições de treino promoveram melhora nas 4 situações. A prática com fluência produziu melhor aprendizado em relação a pratica sem fluência em cálculos aritméticos de 2 dígitos, mas os efeitos são comparáveis com o conhecimento numérico e problemas escritos. Efeitos de ambas as condições práticas em aritmética foram parcialmente mediado pelo aumento da confiança no desempenho, mas só a prática com fluência ajudou crianças com baixo desempenho a melhorar o próprio desempenho. Cálculos simples de adição e subtração são comportamentos matemáticos base e pré-requisito para atividades mais complexas. Crianças com desempenho ruim nesse comportamento poderão se desempenhar mal na disciplina de matemática ao longo de sua vida académica. (por exemplo, Fuchs, Fuchs, Compton, et al, 2006). A fluência nesses comportamentos parece ser uma variável importante para a aprendizagem matemática, que deveria ser considerada no ensino. Os achados do estudo sugerem que os dois treinos experimentais foram eficazes para ensinar ou melhorar desempenho em comportamento matemático numérico em cálculos complexos, conhecimento aritmético, conhecimento número e palavra – problema de aprendizagem ao longo do treino. Ao mesmo tempo, a prática sob tempo, se mostrou mais eficaz do que o outro treino na promoção cálculos complexos, bem como aritmética simples.
Referências
Fuchs, L. S., Geary, D. C., Compton, D. L., Fuchs, D., Schatschneider, C., Hamlett, C. L., … & Changas, P. (2013). Effects of first-grade number knowledge tutoring with contrasting forms of practice. Journal of Educational Psychology, 105(1), 58.
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