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QUATRO MITOS SOBRE DIFICULDADES DE APRENDIZADO

Hallie Smith
Pode ser difícil falar sobre dificuldades de aprendizado, e ainda mais difícil entendê-las. Alguns pais e educadores preferem chamá-las de diferenças de aprendizado, a fim de evitar o rótulo negativo que pode afetar a autoestima, mas o termo “dificuldade” ou “deficiência” está ligado à educação especial fundada pelo Individuals with Disabilities Education Act (IDEA), estatuto que é requisito básico para identificar e qualificar alunos para receberem serviços de educação especial. Independente de como escolhemos chamá-los, diferenças ou dificuldades de aprendizado são frequentemente mal-entendidos. Apontar com precisão os desafios de aprendizado de um aluno pode ser difícil, e resultados individuais podem ser difíceis de prever. E tem mais: sintomas de específicas dificuldades de aprendizado podem ser complexos e confusos. Para alguns, podem se assemelhar mais a problemas comportamentais do que a problemas de aprendizado. Porém, alguns dos mitos mais comuns sobre dificuldades de aprendizado são fáceis de esclarecer através de fatos.
MITO #1: Dificuldades de aprendizado são dificuldades intelectuais A primeira e talvez mais importante coisa que devemos entender é que dificuldades de aprendizado são diferenças de comunicação, completamente distintas das dificuldades físicas, intelectuais e de desenvolvimento. Da mesma forma que um estudante com deficiência auditiva pode necessitar do auxílio de um aparelho auditivo, estudantes com dificuldades de aprendizado necessitam do auxílio de métodos alternativos de aprendizado.
Quando as dificuldades de aprendizado são identificadas a tempo e tratadas com eficácia, os alunos necessitados podem relativamente se equiparar com seus colegas na escola e tornarem-se adultos confiantes em si mesmos. Alunos com dificuldades intelectuais, por outro lado, reduziram significativamente suas capacidades cognitivas e normalmente precisam de apoio por toda a vida.
MITO #2: TDAH é uma dificuldade de aprendizado Surpreendentemente, talvez, o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) não é considerado uma dificuldade de aprendizado, apesar de cerca de 20% a 30% de indivíduos com esse transtorno apresentarem tal dificuldade. Dificuldades de aprendizado incluem diferenças de aprendizado, tais como: • Dislexia • Disgrafia • Dispraxia • Transtorno de Processamento Auditivo • Transtorno de Processamento de Linguagem • Dificuldade de Aprendizado Não-Verbal • Perceptivo Visual / Déficit Visual
É possível designar o TDAH como dificuldade à luz do Individuals with Disabilities Education Act (IDEA), tornando o aluno elegível para receber serviços de educação especiais. Entretanto, o TDAH é categorizado como “Outras Debilidades de Saúde”, e não como uma “Específica Dificuldade de Aprendizado”. Mito #3: Dislexia é um problema visual
Dislexia é uma das dificuldades de aprendizado mais comumente mal-entendidas. Muitos pensam nela como um transtorno relacionado à visão, mas na verdade a dislexia está enraizada nas diferenças de como o cérebro ouve e processa a linguagem falada. A habilidade da leitura depende de correspondências precisas entre letra e som realizadas pelo leitor; assim, quando o cérebro processa atipicamente a linguagem falada, pode ser difícil para os leitores compreenderem as conexões entre as palavras impressas e os sons que elas produzem. A boa-nova é que alguns estudos mostraram a dislexia efetivamente remediada ao treinar o cérebro para processar a linguagem com mais eficácia. Mito #4: A incidência de alunos com dificuldades de aprendizado nas escolas norte-americanas está aumentando A incidência de alunos com dificuldades de aprendizado na verdade declinou nos últimos 20 anos. Porém, outras diferenças de aprendizado que podem qualificar um aluno para a educação especial – tais como autismo e TDAH – cresceram durante o mesmo período, por razões não totalmente compreendidas.
Matéria para Reflexão Alunos com dificuldades de aprendizado totalizam grande parte dos alunos com serviços de educação especial nas escolas – logo, resultados educacionais e perspectivas de emprego para muitos desses alunos são desanimadores, para dizer o mínimo. O dobro de alunos com dificuldades de aprendizado não são aprovados, comparado com seus colegas, e apenas metade cursa faculdade. Eles também tendem a ser o dobro de desempregados, quando adultos.
Com base nessas estatísticas, é claro que muita coisa deve ser feita. Alunos com desafios de aprendizado necessitam o quanto antes serem identificados, diagnosticados com precisão, utilizarem apropriadas tecnologias assistivas e passarem por intervenções muito bem objetivadas, de modo a ajudá-los a se tornarem os melhores estudantes possíveis, prontos para encarar novos desafios com a confiança de que podem obter sucesso. Quer saber mais? Escreva para contato@acasacuca.com