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RESPOSTA À INTERVENÇÃO: UMA PROPOSTA DE AÇÃO FRENTE A DIFICULDADES ESCOLARES

Fuchs, Fuchs e Vaughn (2008) forneceram uma definição do que seria um trabalho de “resposta à intervenção”1, expressão que tem sido empregada para descrever um sistema de prevenção composto por três camadas de intervenção. Para os defensores desse plano, a separação em camadas é importante para se mapear qual tipo de intervenção é mais relevante para determinado aluno.


O objetivo primordial do sistema de prevenção em camadas é a adoção de práticas baseadas em evidências em todos os níveis de intervenção.


Segundo os autores, o contexto para a prevenção de dificuldade acadêmica nas escolas mudou ao longo dos últimos 5 anos, com a introdução de sistemas de prevenção de multi-camadas. Adaptado do sistema de saúde, sistemas de prevenção de várias camadas normalmente envolvem três níveis. A primeira camada é voltada para a instrução dentro de sala de aula, e envolve pesquisas e intervenções que buscam descobrir ou validar quais as melhores práticas para esse momento. A segunda camada é voltada para pesquisas e intervenções com alunos que são considerados como tendo dificuldades para seguir o programa de sala de aula. Geralmente, esses alunos são encaminhados a programas de grupos para recuperar o conteúdo não aprendido. A terceira camada está voltada para pesquisas e práticas com alunos que não responderam às demandas de sala de aula e nem às de acompanhamento da segunda camada. Os autores defendem que esses alunos devem ser encaminhados para uma avaliação abrangente e deverá ser realizada uma intervenção de terceira camada que é individualizada. Para Fuchs et al. (2008), uma boa parte do progresso tem sido feito recentemente, especialmente nas medidas a serem usadas ??para a triagem universal, assim como para a segunda camada de intervenção.

Fuchs et al. (2005) conduziram um estudo randomizado para avaliar os efeitos da tutoria na segunda camada sobre o desempenho em matemática de estudantes da primeira série. O grupo de intervenção recebeu 40 minutos de tutoria além da instrução matemática regular, ao passo que o grupo controle recebeu apenas a instrução matemática regular. Os autores objetivaram verificar a extensão na qual a tutoria reduziria a distância de repertório entre os estudantes que receberam tutoria e seus pares; verificar o quanto a tutoria intensiva removeria os estudantes da condição de apresentarem dificuldades matemáticas (MD); e explorar qual medida de pré-teste prediria a resposta dos estudantes à intervenção.

Os 40 minutos de intervenção na segunda camada consistiam de 30 minutos de instrução intensiva em pequeno grupo e 10 minutos de instrução no computador. A instrução intensiva em pequeno grupo utilizou a sequência de ensino concreta-representacional-abstrata (CRA). Objetos concretos foram usados para introduzir conceitos sobre número e medida. Os estudantes também utilizaram representações visuais e, finalmente, usaram procedimentos ou conceitos envolvendo números abstratos e símbolos. Nos últimos 10 minutos, os estudantes trabalharam individualmente em um software de computador denominado Math Facts. O Math Facts foi delineado para melhorar a recuperação automática de fatos numéricos. As sessões de tutoria tinham como foco o estabelecimento de senso numérico com tópicos sobre número e operações numéricas, tais como: identificar e escrever numerais até 99, identificar os conceitos de mais, menos e igual com objetos, valor de lugar, fatos de adição e subtração, adição com dois dígitos e subtração sem reagrupamento. O desempenho nos tópicos das lições foi avaliado a cada dia. Se os estudantes do pequeno grupo não atingissem o critério, os tópicos eram revistos e, se necessário, ensinados novamente no próximo dia. Participaram da pesquisa 564 alunos da primeira série e 41 professores de dez escolas. Após uma bateria de testes, 139 estudantes apresentaram desempenhos mais baixos. Esses estudantes foram atribuídos ao grupo de tutoria (70) e grupo controle (69).

Os resultados mostraram que a tutoria teve um impacto significativo sobre os escores de estudantes em três principais medidas: no teste WJ III Computação, Conceitos/aplicações de primeira série, e um teste de problemas básicos desenvolvidos por Nancy Jordan. A única área de fraqueza foi o desempenho na fluência de fatos, o qual tinha a maior ênfase nos componentes individualizados de computador. No geral, a tutoria como um suplemento para a classe regular melhorou significativamente o desempenho em matemática dos estudantes, embora a distância do desempenho desses estudantes com o desempenho de estudantes sem dificuldades matemáticas não tenha se aproximado inteiramente.

A Casa Cuca oferece tutoria e reforço escolar como reposta às dificuldades de aprendizagem, entre seus serviços especializados. Venham conhecer a Casa Cuca:  www.acasacuca.com.br

Referências:

Fuchs, D., Fuchs, L. S., & Vaughn, S. (Eds.). (2008). Response to intervention: A framework for reading educators. Newark, DE: International Reading Association.

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